LIXO

10/02/2013 17:28

 

MEIO AMBIENTE

13/01/2013 16:24

LIXO

            A ausência de políticas públicas rigorosas nos transformam em agentes políticos desarticulados. Da literatura à ecologia, da fuga das galáxias ao efeito de estufa, do tratamento do lixo às congestões do tráfego, tudo se discute neste nosso mundo. Mas o sistema democrático de controle dos resíduos, como se de um dado definitivamente adquirido se tratasse, intocável por natureza até à consumação dos séculos, isso não se discute.

            O lixo que produzimos pode ser classificado em quatro grupos: lixo domiciliar, lixo comercial, lixo industrial  e lixo hospitalar. O entendimento dos tipos de lixo e suas classificações é importante, pois à cada um deles deve ser dado uma coleta e destinação diferenciadas. Existem muitas formas de tratamento do lixo, entre as quais: o aterro sanitário,  incineração, reciclagem e compostagem. Nenhuma dessas quatro formas de tratamento deve ser vista como algo milagroso, capaz de solucionar todos os problemas relacionados ao lixo. Na escolha do modelo de gestão do lixo, todos os setores da sociedade devem participar. Nós não devemos deixar só a cargo do poder público decidir qual será o destino do lixo que produzimos, pois a má gestão da coleta e destinação final do lixo afeta a todos indistintamente.

            A ausência de políticas de controle colocam a todos numa “tremenda enrascada” econômica, moral e ambiental. Boa parte do que chamamos de lixo na verdade é matéria-prima não aproveitada economicamente; parte das pessoas jogam lixo em vias públicas, quando na verdade isso poderia ser evitado, no entanto, prefere-se o jogo dos culpados: alguns sem punição é reclamado por jogar o lixo em áreas inadequada, enquanto isso, o outro reclama do acúmulo e não coleta em tempo hábil para manter a rotina do erro; e a desordem permite o aparecimento de insetos, animais indesejáveis, aparecimento de doenças e poluição da paisagem. Além disso, o descaso incide no entupimento da rede de esgotos da nossa cidade.

            Alguém desavisado poderia imaginar que  deve ser o nosso jeito de sobreviver – não comendo lixo concreto, mas engolindo esse lixo e fingindo que está tudo bem.

            Diferente de outras regiões com grande concentração populacional, Sena Madureira, amarga esse problema, mesmo a maioria das pessoas não tendo que freqüentar o lixo para sobreviver, onde seria um luxo para os tantos que frequentam em nosso país, nos coloca na situação de admiração estarrecedora da  maioria das pessoas que freqüentam o luxo na sombra de um personagem intimamente ligado ao descuido com o lixo.

            A participação coletiva nas ações e trabalhos que envolvam políticas públicas como o tratamento do lixo é fundamental, mas, além disso, cada um deve também estar disposto a contribuir individualmente através de pequenos gestos diários, tais como: não jogar lixo nas ruas, praças, valetas e demais áreas públicas e depositar o lixo somente nos locais indicados pelo poder público. Essas são algumas pequenas ações que podem fazer grandes diferenças para nossa vida e para o meio ambiente. Contudo, não podemos nos distanciar do planejamento, eficiência e efetividade das ações e controle.

            Prof. José Augusto